A inteligência emocional como disciplina para a vida - Pai de Verdade
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Inteligência emocional é um conceito que se refere à capacidade de identificar e gerir as próprias emoções, um conjunto de habilidades que permitem ao indivíduo lidar melhor com as frustrações e adversidades da vida. 

A infância é um período ideal para trabalhar a inteligência emocional, pois desenvolvendo essas habilidades desde cedo elas se tornam naturais, criando adultos mais resilientes, seguros e bem-sucedidos, tanto na vida pessoal quanto profissional. Assim, pessoas com boa inteligência emocional são capazes de construir melhores laços afetivos e relacionamentos mais saudáveis e felizes. 

Saber ouvir o “não”, aprender a lidar com limites, frustrações e sentimentos, controlar impulsos e colocar-se no lugar do outro são algumas das situações características da infância que exigem inteligência emocional, e por meio das quais podemos estimulá-la. A capacidade de tolerar é importante para que os pequenos diferenciem o mundo real da fantasia que é tão presente na infância. Dessa forma, a inteligência emocional deve permear o desenvolvimento infantil. 

Nos últimos anos, algumas escolas têm implantado em sua grade curricular, matérias que trabalham a inteligência emocional nas crianças. 

Esse é o caso do Colégio DOM, localizado em Olinda (PE), que adicionou entre suas matérias o “LIV – Laboratório de Inteligência de Vida”. Crianças de 3 a 15 anos podem cursar a disciplina. O diretor pedagógico do Colégio DOM, Arnaldo Mendonça, explica a aplicação da inteligência emocional como matéria escolar no vídeo abaixo:

A instrutora em Comunicação Não Violenta (CNV), Luanna Melo, afirma que “oferecer à criança espaço para o desenvolvimento de sua inteligência emocional é fundamental para que ela construa, ao longo do tempo, recursos para lidar com conflitos, internos e externos, de forma consciente”.

Segundo a instrutora, o LIV trata-se de um aprendizado que vai influenciar, positivamente, a sua relação consigo mesma e com as demais pessoas, na adolescência e na vida adulta. “Quanto mais cedo for apresentado à criança o caminho da empatia e da expressão autêntica melhor, para que ela possa internalizar estes ensinamentos que, para além de uma técnica, representam um verdadeiro estilo de vida, com campo fértil para a autonomia e autorresponsabilidade”, afirma a instrutora.

Foto: Pexels/Divulgação

Luanna ainda afirma que não há dúvidas de que determinadas ações nas escolas podem contribuir para o desenvolvimento socioemocional da criança, mas alerta que no entanto, vale salientar a importância dos pais buscarem desenvolver a própria inteligência emocional, uma vez que as crianças aprendem, em grande medida, a partir dos exemplos que testemunham em casa, com sua família.

“Aprimorar habilidades de comunicação não é um caminho a ser seguido apenas pela criança ou escola, mas também, pelos pais, que podem buscar apoio a partir de cursos de Comunicação Não Violenta e Disciplina Positiva, por exemplo”, completa.

Edmilson Rodrigues, empresário e pai de Samuel Rodrigues, de 5 anos, estudante da turma Infantil 5 do Colégio DOM e aluno do Laboratório de Inteligência Emocional, explica a evolução do filho com a disciplina:

Leia também: Acolhimento e empatia são ingredientes da comunicação não violenta

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), instituída pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), definiu que até 2020 todas as escolas tivessem como componente disciplinar, o estudo de competências socioemocionais. De acordo com a BNCC, é responsabilidade da instituição de ensino trabalhar competências que tenham compromisso “com a formação humana integral e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”. 

De acordo com a BNCC, com a formação nas disciplinas, os estudantes precisam ser capazes de:

  • aprender a agir, progressivamente, com autonomia emocional, respeitando e expressando sentimentos e emoções;
  • atuar em grupo de maneira funcional e se mostrar apto a construir novas relações, com respeito à diversidade e se mostrando solidário ao outro;
  • saber quais são e acatar as regras de convívio social.

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