Viajar em família é bom demais. Pelo menos aqui em casa todos nós gostamos mesmo de estar juntos. Viajar requer planejamento principalmente quando os tripulantes são crianças. Nossas férias deste ano ocorreram pela primeira vez uma viagem internacional para Argentina. O medo maior era adaptação de Valentina ao percurso de viagem que nas datas em que precisamos os trechos tinham escala de Recife para o Rio e de lá para Buenos Aires na Argentina. Outra preocupação nossa é a temperatura que estamos acostumados a média de 29 graus no Recife e lá em Buenos Aires estaria na média de 18.
Uma pesquisa da Booking.com, divulgada nesta semana, reforça alguns pontos de extrema importância para que tudo ocorra dentro do planejado. E pode ter certeza, se organizando tudo sai bem. Em 2016, viajamos para o Rio de Janeiro, ocorreu de forma tranquila. Valentina tinha apenas oito meses de vida. E acredite, ela curtiu todos os momentos.
Valentina brincando no Museo de Los Ninos
A Booking.com divulga nesta semana uma pesquisa realizada com mais de 12 mil pais de 25 países no mundo todo para descobrir como eles lidam com essas primeiras 24 horas que podem tornar sua viagem um sucesso ou um fracasso. Apesar de dois em cada cinco pais (41%) ao redor do mundo acreditarem que as primeiras 24 horas de uma viagem podem ser memoráveis, às vezes as dificuldades, atribulações, animação e drama que tornam as férias um momento realmente especial.
Nossas viagens foram muito boas. Esse ano até viajamos (eu e Joana) um pouco receosos porque Valentina (na época, fim de maio para junho, das férias com um ano e oito meses) viajou se recuperando de uma virose. Mas calma, consultamos dois pediatras e ela estava com reflexos ótimos. Nada que comprometa nossa filha. Nossa dica é só viajar se realmente for seguro, principalmente, para os filhos. Nada de riscos.
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Na pesquisa ao serem questionados sobre como eles se preparam para o primeiro dia de férias, os pais brasileiros citaram que três dos itens mais importantes para antecipar-se a qualquer contratempo eram passar repelente e/ou protetor solar (49%), ter um kit de primeiros-socorros à mão (48%) e levar um lanche de emergência na mala (45%).
Sobre o kit de primeiros socorros, nós fomos aos pediatras e eles indicaram uma lista de medicamentos essenciais para essa viagem internacional. Tudo ocorreu bem e Valentina voltou melhor do que saiu do país. Lanches são indispensáveis porque Valentina precisou mastigar biscoitos porque sentiu incômodo no ouvido quando voltávamos da Argentina para o Brasil quando descíamos na conexão do Rio de Janeiro. Para os bebês que mamam o bom é subir ou descer durante o vôo de preferência no peito. Fizemos isso por dois anos consecutivos e deu muito certo.
Outros dados pesquisados estão listados:
*Levar joguinhos de viagem e livros para ocupar os pequenos (42%);
Mas sempre estejam ocupados todos juntos, nada de isolar as crianças com jogos só deles e que eles ficam no mundo deles. Notamos que a interação com Valentina em cada viagem ela sempre desenvolvia muitas coisas, principalmente a comunicação. Lembro que no Rio de Janeiro ela aos oito meses dava ‘tchau’ para todo mundo que vinha falar com ela.
*Garantir que estão levando algo que traga conforto de casa, para que não estranhem o lugar (40%);
Viajamos com o boneco do Mundo Bita. Quem é pai de criança sabe que personagem estou falando.
*Colocar itens essenciais na mala (ex. roupa de banho) separadamente ou na parte de cima da mala para ficar mais fácil de pegar e vestir na hora (34%);
Precisamos trocar fraldas de Valentina nas conexões e até mesmo durante o vôo. Bumbum de neném é igual loteria. Nunca sabemos quando vem o presente.
*Descobrir a rota mais rápida para a praia (32%);
Antes de viajarmos, eu e Joana planejamos todo roteiro. Pesquisamos antes sobre o país que visitaríamos e buscamos passeios que fossem para todos aproveitar.
*Colocar adaptadores e carregadores de viagem na parte de cima da mala (27%);
*Inscrever as crianças em uma atividade recreativa com antecedência (11%);
No nosso caso, como Valentina é muito pequena ainda, fizemos todas as atividades com ela. Andamos com ela de táxi, uber, trêm e ônibus na Argentina. Ela curtiu tudo slingada ao papai.
*Alugar um buggy/carrinho de bebê (8%).
Na Argentina isso foi necessário. No zoológico alugamos o carrinho lá mesmo e ajuda muito para descansar o braço já que em turismo geralmente passamos o dia na rua. Como fizemos outros passeios a pé, senti falta do carrinho porque as ruas e calçadas lá são muito boas para caminhar. O ideal é consultar a operadora do vôo porque dependendo da idade da criança o carrinho do bebê não é cobrado como excedente de peso.
Fernando Alvarenga @paideverdade, Valentina e Joana Barros.
Outra dica é que toda alimentação da criança precisa ser de acordo com o que ela está acostumada a comer. Lá na Argentina ocorreu da gente sair e esquecemos a “papinha dela que vem no pote de vidro” que ela está acostumada chamar de ‘potinho’. Corri para comprar sem saber falar espanhol. Fosse inglês ou francês seria mais fácil. Mas contei com ajuda de um cara gente boa do Museu de Los Ninos que entendeu meu gestual e indicou um supermercado perto, em frente ao shopping que estávamos almoçando para irmos ao museu.
Cheguei ao local, rodei as prateleiras, um funcionário entendeu nada do que eu disse, mas outro mais esperto entendeu logo o gestual que eu fazia para explicar que precisava comprar o tal do potinho para Valentina almoçar. Comprei o ‘potinho’ e acreditem. Ela não gostou. Como ela mama, então foi a salvação e demos fruta a ela além dos biscoitinhos que estava acostumada a comer. Tudo correu bem.
por Fernando Alvarenga – @paideverdade