PESQUISA MOSTRA CENÁRIOS ALTERNATIVOS DO HOME OFFICE NA PANDEMIA - Pai de Verdade
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A vida pessoal e profissional ainda está sendo retomada de maneira nova diante do cenário da pandemia da covid-19. Um levantamento divulgado nesta segunda quinzenda de dezembro, a “Pesquisa Nespresso Professional: O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós Pandemia”, busca compreender as tendências sobre o futuro do ambiente de trabalho neste momento de volta para os escritórios.

“No meu caso foi temporário, eu passei um tempo desenvolvendo o projeto no home office e assim que o governo de Pernambuco liberou o retorno presencial, nós fomos para as fábricas implantar os sistemas”, explica o desenvolvedor de automação, Renato Falcão que é pai de Alice de 6 anos e casado com Elize Freitas.

Renato Falcão e sua filha Alice. Crédito: Arquivo pessoal.

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“O home office pra mim e a esposa não foi ideal. Em março/abril de 2020, nosso filho estava completando 7 meses e nossas atividades profissionais eram intercaladas com divisão de funções. Hora eu ficava com Pedro no braço e depois alternava com minha esposa, Isandra para ficar com ele (o filho)”, explica Adjar Casé que é proprietário de uma empresa de material de limpeza de condomínio. Exatamente na época da necessidade em alta dos produtos de limpeza o formato não ficou “redondo” porque eles não tinham rede de apoio.

Adjar Casé é diretor na Casé Suprimentos. Crédito: Arquivo Pessoal.

Para o empresário o formato híbrido seria o ideal. “Alternar dias da semana com o hotelzinho, para a gente ter facilidades de trânsito e até tempo para um exercício e cuidar da saúde.” Isandra (esposa de Adjar) trabalha em construtora com carteira assinada e demandava mais tempo de disponibilidade de trabalho precisando em muitos casos esticar a jornada para terminar os serviços, mesmo dividindo funções com o esposo.

Adjar Casé, o filho Pedro e a esposa Isandra. Crédito: Arquivo pessoal.

“O estudo de Nespresso Professional surgiu como uma consequência da série de questionamentos que temos visto sobre o futuro do trabalho, devido ao movimento de volta aos escritórios. Tal inquietude nos motivou a aterrissar essas dúvidas em algo tangível, como uma pesquisa, que pode nos guiar e inspirar durante o processo de retomada das atividades presenciais”, afirma Ignacio Marini, CEO da Nespresso Brasil.

A pesquisa analisa diversas esferas, como os novos modelos de trabalho, os escritórios e espaços, interação entre colaboradores e líderes, além de aspectos como produtividade, saúde mental e bem-estar, a partir de seis principais insights sobre o tema:

O BRASILEIRO É SOCIÁVEL, E O ESCRITÓRIO PROMOVE ESSA COMUNICABILIDADE

No cenário pós-pandemia, as empresas precisarão adaptar seus escritórios pensando em ressignificar as relações entre os colaboradores. As perdas trazidas pela pandemia são claras, se antes o espaço de trabalho trazia uma sensação de coletivo e contato próximo, agora o funcionário se sente distante e sozinho. Porém, o trabalho em casa também trouxe uma maior flexibilidade e mais tempo para ficar com a família.

Na pesquisa de Nespresso Professional, alguns dos problemas citados foram:

• Diminuição de oportunidades de convivência com a equipe (72%)

• Dificuldade de comunicação (31%)

• Relacionamento mais impessoal (13%)

Isso mostra que, nessa retomada híbrida, que intercala o modelo presencial e remoto, os funcionários buscarão mais oportunidades de descontração e conversa com os colegas quando estiverem presencialmente no escritório, deixando as tarefas individuais para os dias que estiverem trabalhando de casa.

DESENCONTRO ENTRE VISÃO DOS GESTORES E COLABORADORES

Se por um lado os gestores acreditam que o home office pode melhorar o bem-estar dos colaboradores e permitir o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a pandemia intensificou problemas relacionados à saúde mental. A maioria dos gestores sabe que é um tema que precisa ser discutido, mas será que estão ouvindo seus colaboradores e investindo em ações que realmente farão a diferença?

De modo geral, percebe-se uma unicidade na opinião dos gestores entrevistados. Porém, o paradoxo está relacionado às divergências encontradas na comparação entre essas respostas e as dadas pelos colaboradores. Isto é, apesar da concordância entre líderes, fica claro como, de fato, a visão deles sobre os novos aspectos do trabalho é desconexa com a realidade vivida pelos funcionários.

• Entre os gestores, 99% acreditam que há necessidade de investir em ações de bem-estar pensando no trabalho presencial;

• Do outro lado, 47% dos funcionários consideram que a empresa na qual trabalham não tem investido em ações que contribuem com a saúde mental dos colaboradores, 43% afirmam que as ações são superficiais e 62% afirmam que são mais teóricas e menos práticas;

• 42% os funcionários afirmam que não se sentem tão à vontade para conversar abertamente com sua gestão sobre dificuldades que vem sentindo durante esse período.

O HOME OFFICE DA PANDEMIA NÃO REPRESENTA O IDEAL DE TRABALHO REMOTO

As desvantagens ligadas ao trabalho remoto estão, na verdade, muito mais relacionadas às circunstâncias da pandemia, e não podemos tomar a experiência de home office dos últimos meses como um modelo de como é, ou deveria ser, o ideal.

Algumas das vantagens do home office citadas pelos colaboradores são:

• Não pegar trânsito no deslocamento (66%);

• Poder passar mais tempo com a família (58%);

• Ter horários mais flexíveis (38%).

Porém, enquanto a obrigação do home office quebrou o mito do receio da falta de produtividade ao deixar funcionários em suas casas, outros problemas vieram à tona nas discussões sobre o trabalho.

• 42% dos entrevistados reclamam da falta de interação com os colegas;

• 31% da dificuldade de comunicação;

• 29% sentem dificuldade de conciliar as agendas.

O fato é que o que vivemos hoje não é o trabalho remoto. Tendo em vista as consequências – físicas e psicológicas – do distanciamento social, pode-se perceber que as maiores desvantagens relacionadas ao trabalho remoto dizem mais respeito às situações impostas pela pandemia. Ou seja, uma boa parte das desvantagens citadas, como a falta de interação, serão solucionadas organicamente com o fim da pandemia.

O modelo híbrido tem sido a principal aposta para este momento, por trazer versatilidade e flexibilidade em tempos incertos. Das empresas entrevistadas,

• 73% adotaram um único modelo durante a pandemia;

• 27% alternaram entre os sistemas.

SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR NÃO SÃO A MESMA COISA

Enquanto as empresas já entenderam a importância do investimento em iniciativas relacionadas ao bem-estar dos seus colaboradores, os mesmos seguem com a saúde mental prejudicada. Até 2030, a OMS projeta que a depressão será a principal causa de invalidez, ultrapassando problemas como doenças cardíacas e neurovasculares. Por isso, é essencial pensar no melhor modelo visando a saúde mental e bem-estar do colaborador, mesmo após a pandemia.

Apesar das queixas sobre o aumento da carga de trabalho com o isolamento social e dificuldade em manter a motivação, alguns benefícios são incontestáveis desse novo modelo.

• 64% dos respondentes da pesquisa aproveitam esse tempo para ficar com a família;

• 52% para praticar atividades físicas;

• 46% economizam de 1 a 2h por dia de deslocamento.

As empresas passaram a olhar mais para o colaborador e oferecer auxílio nesse momento para resolver esses problemas. “Na Nespresso, fizemos uma pesquisa interna com nossos colaboradores e quase 80% deles pediram mais ações voltadas a saúde mental. Com isso, passamos a promover rodas de conversa com uma consultoria externa especializada com psicólogos, além de palestras voltadas a esse pilar”, comenta Bianca Carmignani, Head de Recursos Humanos da Nespresso no Brasil.

NOVAS PERSPECTIVAS DE TEMPO E ESPAÇO

O limite entre pessoal e profissional ficou tênue com a pandemia e as más práticas passaram a ser normalizadas. A dificuldade nessa separação impacta em longas jornadas de trabalho e menos momentos de respiro, e a busca por produtividade elevou os níveis de cobrança.

Alguns motivos que levam os trabalhadores a quererem trabalhar do escritório tem a ver com o espaço e infraestrutura. Segundo a pesquisa de Nespresso Professional, algumas das desvantagens relacionadas ao trabalho remoto foram:

• Menos networking (16%)

• Falta de estrutura em casa (13%)

• Menos eventos da empresa (11%)

Mas, será que as pessoas não podem alcançar esses objetivos no modelo híbrido?

A urgência da imposição do trabalho remoto não permitiu que as empresas se reorganizassem com calma, pensando em possibilidade condições agradáveis de trabalho. Acreditava-se que o trabalho remoto deixaria o dia mais tranquilo, no entanto, as atividades do trabalho se acumulam com as domésticas, principalmente no caso das mães.

MODELO HÍBRIDO NÃO É APENAS OFERECER DUAS OPÇÕES DE LOCALIDADE

O trabalho não pode mais ser visto como uma questão de ser presencial ou remoto, e os novos modelos híbridos estão exigindo que os líderes gerenciem diferenças e complexidades. Com os recursos certos, as pessoas podem ser produtivas e saudáveis de qualquer lugar.

O modelo exclusivamente online parece ser opção apenas no cenário de intensa epidemia ou casos pontuais, enquanto o modelo totalmente presencial já começa a ser visto como ultrapassado. A conclusão é que o modelo híbrido, se bem estruturado pelas empresas, passará a oferecer uma boa estrutura de trabalho em casa e ferramentas de comunicação adequadas ao cenário.

A saída é a digitalização, tanto por parte da empresa, quanto dos colaboradores. A melhor maneira de se adaptar às novas tendências é revolucionar a cultura organizacional e implementar a tecnologia em termos de processos, eficiência, produtividade e simplicidade.

Além disso, segundo pesquisa de Nespresso Professional, algumas habilidades que serão primordiais no modelo híbrido, na visão dos colaboradores, são:

• Proatividade (63%)

• Flexibilidade (53%)

• Espírito colaborativo (49%)

A pesquisa na íntegra está disponível nesse link.

com informações da assessoria de imprensa.

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