Cresce número de adoções de pets durante a pandemia - Pai de Verdade
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Dados da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) mostram o aumento de 400% na procura de animais para adoção, no Brasil. Segundo análises de especialistas, esse crescimento é um reflexo da pandemia, que fez com que as pessoas ficassem mais reclusas em suas residências. Com a adoção de um animal de estimação, as responsabilidades também aumentam, principalmente se na nova casa do bichano, também residirem crianças.

Dr. veterinária, Andrea Cruz. Foto: Acervo Pessoal

De acordo com a veterinária, Andrea Cruz, a mudança repentina de rotina das famílias, em função da pandemia da Covid-19, trouxe a tona o fato de que algumas pessoas já até tinham animais e não aproveitavam tanto alguns momentos com eles, por causa da vida cotidiana corrida. O home office possibilitou que pais e mães trabalhassem o dia inteiro de dentro da própria casa, e com isso, prestaram atenção na responsabilidade de ter um pet.

Segundo Andrea, o movimento nas clínicas veterinárias durante a pandemia aumentou absurdamente. “Nós trabalhamos com um sinal de alerta o tempo todo. As clínicas veterinárias superlotadas, porque as pessoas estavam em casa e prestavam mais atenção nas necessidades de seus animais de estimação”, afirma a veterinária.

O aumento no número de adoções na pandemia se deu, segundo a veterinária, por quê muitas pessoas não passavam tanto tempo em casa, e em função disso não podiam ter animais, passaram a ver a pandemia como a oportunidade perfeita de ter um companheiro animal. “Isso foi muito bom por um lado, porém pelo outro não tão legal assim, já que a adoção é um ato de responsabilidade. E algumas pessoas adotaram esses animais sem uma projeção futura de uma vida, de 12 a 15 anos” enfatiza Cruz.

Animais trazem despesas, que incluem cuidados veterinários, vacinação, vermifugação, banho, tosa entre outros encargos. Andrea chama atenção para o ato da “adoção responsável” e para o fato de que também foram abandonados muitos animais durante a pandemia, já que muitas pessoas adotaram no início do isolamento e, dias ou até meses depois, “desistiram da missão”.

Segundo a veterinária, a primeiro regra para o indivíduo que quer adotar um animal, é a de que se deve realizar um planejamento. “É igual a ter um filho, você tem que ter um planejamento. Deve-se saber se o animal cabe na sua casa, as características ou raça dele, entre outras informações”. Para Cruz, é importante olhar pro mundo desses animais com atitudes afetuosas e responsáveis. Não se pode romantizar a adoção, já que estamos lidando com vidas que tem necessidades, anseios, vão crescer e se desenvolver e estarão diretamente inseridos no contexto de nossas vidas.

A doutora Andrea Cruz, atende na Clínica Veterinária de Olinda (Av. Doutor José Augusto Moreira, 489 – bairro de Casa Caiada, em Olinda/PE), realizando procedimentos de cirurgia e endoscopia veterinária. Você pode entrar em contato com ela pelo número: (81) 3431-3743.

Foto: Acervo Pessoal

O consultor Livingstone Santos (@paidostres) de 32 anos, é pai de três crianças, Victor (13 anos), Samuel (12 anos) e Vinícius (5 anos). Eles fazem parte do grupo de famílias que resolveram adotar um animal de estimação durante a pandemia. Segundo Livingstone, Lika, a cadela da raça Pitbull, hoje com sete meses, chegou de uma forma bem repentina na vida deles. “Em uma conversa com alguns amigos soubemos que um vizinho da namorada de um amigo meu estava querendo doar um filhote e na hora minha esposa, Débora, olhou para min, eu olhei para ela é ali soubemos que seria a hora de trazer mais um ser para as nossas vidas”, diz o consultor.

Por algumas vezes eles já tinham cogitado a ideia de comprar um cachorro, mas desistiram, por quê além de ser bem caro eles sentiam que ainda não era a hora certa. “Quando decidimos que iríamos adotar um filhote, aí foi quando veio a outra surpresa, que seria um Pitbull, afinal ainda existe muito mito e bastante preconceito a cerca da Raça, que diga-se de passagem é uma das melhores raças para se criar”, afirma Livingstone.

Foto: Acervo Pessoal

Segundo o consultor, a ideia de adotar foi muito bem recebida pelas crianças. Eles sabiam das dificuldades e da responsabilidade que é ter e educar um animal, por isso resolveram dividir as tarefas. “Como todo e qualquer assunto que diz respeito aos meninos, sentamos e colocamos as cartas na mesa, dizendo que seria uma tarefa para toda a família, que precisaríamos da ajuda deles. Victor, nosso filho mais velho se prontificou adestrar, e acredite, Lika é super obediente, devido a Victor ter gastado tempo vendo vídeos e lendo muito sobre adestramento. Samuel e Vinícius, além de ajudar com a limpeza, são responsáveis em gastar a energia de Lika, pois se trata de uma raça que tem muita energia e é necessário uma rotina de exercícios” explica Livingstone.

“Eu sempre gostei desse contato com animal, e acho super importante esse contato de crianças com qual quer tipo de animal, claro, tomando os cuidados necessários”, fala o consultor sobre a relação de afeto criada entre as crianças e os pets.

Mattew Carmo, Adestrador de Huskies. Foto: Acervo Pessoal

O adestrador de Huskies – raça de cães oriunda da Sibéria, na Rússia -Mattew Carmo, dá dicas aos pais que querem adotar algum animal de estimação, mas tem receios por causa da insegurança na convivência entre o bicho e as crianças. Confira:

  1. Sem saber qual histórico do pet, às vezes ele pode ter passado por situações assustadoras antes de ter chegado em sua casa, e você pode notar inclusive medo, então, para todo e qualquer pet, faça exercícios de relaxamento com ele. Um deles é o ‘Place’. Um pet relaxado, é muito mais fácil para ser treinado.
  2. Adestrar é se comunicar! Se comunique com o seu pet sempre que possível. Exemplo, na hora de brincar, use somente brinquedos, e nunca as suas mãos ou objetos indesejados. Se ele morder a sua mão, pare a brincadeira. Esse diálogo ensina a vocês terem uma harmonia saudável no brincar.
  3. Foto: Acervo Pessoal

    Enriqueça o seu ambiente! Proponha atividades cognitivas pro seu pet com brinquedos e objetos inteligentes para ele. Guarde uma outra quantia desses instrumentos para outros momentos, ou seja, não deixe também tudo que você tem a disposição dele, pois há uma tendência do pet enjoar e abandonar os brinquedos.

  4. Crie um espaço restrito e adequado, ou seja, com banheirinho, com ambiente enriquecido com as dicas do item 3, e com água. Treine seu pet ficar lá! Assim, você reduzirá as chances dele ter uma possível ansiedade de separação, aprenderá com maior facilidade entrar em uma caixa de transporte quando necessário, e aprenderá comandos ‘Target’ com maior facilidade.
  5. Socialize seu pet, mas tenho cuidado com como fazer isso. Socializar nem sempre é deixar um pet tocar no outros, mas às vezes, só o fato de proporcionar que ambos pets em um dado local existam, sem interferência, já é uma configuração de socialização.

Mattew faz atendimentos online para pessoas que querer receber dicas direcionadas ou até mesmo adestrar seus animais de estimação. Basta entrar em contato pelo perfil do Instagram @escola_de_huskies.

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