Dicas para minimizar os efeitos do isolamento na criança autista - Pai de Verdade
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A pandemia causada pelo corona vírus impactou o cotidiano de todos, inclusive no desenvolvimento das crianças. Pela sensibilidade de adaptação com a mudança de rotina, as crianças com autismo estão com dificuldade ainda maior de convivência.

Conhecido cientificamente como Transtorno do Espectro Autista, o autismo é uma síndrome caracterizada por condições de saúde como o déficit na comunicação, interação social e alterações no comportamento. Nesta sexta-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e alguns especialistas dão dicas para ajudar na comunicação e desenvolvimento social de quem tem o transtorno.

Segundo a fonoaudióloga, Dryelle Azevedo, quem tem autismo pode ter dificuldade na compreensão, fala, ler ou escrever. Há possibilidade que a criança tenha parado de falar algumas palavras que antes falava. Geralmente as dificuldades na comunicação envolvem: compreender, seguir comandos, entender e usar as palavras. Manter conversação e usar gestos, apontar ou acenar, são outras. A profissional orienta que pais e ou responsáveis possam manter uma dinâmica lúdica para estimular a fala das crianças, oferecendo leituras, brincadeiras com músicas e jogos.

A fonoaudióloga, Dryelle Azevedo dá dicas aos pais de crianças com autismo. Foto: Divulgação
A fonoaudióloga, Dryelle Azevedo dá dicas aos pais de crianças com autismo. Foto: Divulgação

Em casa por mais tempo, as famílias estão com mais oportunidades para estimular que as crianças possam ter novas habilidades e provar alimentos desconhecidos, por exemplo.

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A terapeuta ocupacional Claudia Guerra, profissional que propõe intervenções necessárias para ajudar na condução dos sintomas do autismo, destaca que as diferentes texturas de alimentos ajudam na aceitação dos pequenos. Foi o caso de Pedro Santo, diagnosticado com autismo aos três anos de idade, a família dele procurou tratamento, pois a criança apresentava dificuldades na fala, linguagem, comunicação e alimentação. “Atualmente Pedro é uma outra criança, antes ele não mastigava, comia tudo pastoso ou líquido “, lembra a mãe Roberta Santo, ao revelar o sucesso do tratamento concluído em dezembro de 2020.

“Meu filho consegue falar bem, se expressar,  brincar com outras crianças, contar histórias e também cantar”, detalha a mãe de Pedro, sobre os avanços conquistados em outros atendimentos.

 Pedro Santo, de 5 anos, acompanhado da mãe, Roberta Santo e do pai, André do Espírito Santo. Foto: Divulgação
Pedro Santo, de 5 anos, acompanhado da mãe, Roberta Santo e do pai, André do Espírito Santo. Foto: Divulgação

Abaixo algumas atividades que as profissionais sugerem aos pais ou responsáveis: 

  •  Estabelecer rotina diária, incluindo os horários das refeições, fazer e atividades escolares;
  • Incluir as crianças nas atividades da casa;
  • Evitar exposição excessiva às telas;
  • Seguir as orientações de atividades selecionadas pelos terapeutas da criança;
  • Sempre que puder brincar com junto com a criança.

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Não há cura conhecida para o autismo. É importante ajudar a criança o quanto antes. Estudos apontam que a intervenção precoce é importantíssima para o melhorar o prognóstico do quadro. O trabalho interdisciplinar é de extrema importância e geralmente a equipe é composta por neuropediatra, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e psicopedagogo.

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