Cartilha orienta professores a identificarem casos de abuso sexual - Pai de Verdade
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A cartilha “Informações sobre o Abuso Sexual na Primeira Infância” está disponível para professores da rede pública de ensino. O material é fruto do estudo de mestrado do psicólogo Macdouglas de Oliveira que realizou uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI). O lançamento ocorreu, nesta terça (30), no auditório da Fundação Joaquim Nabuco, no bairro do Derby, área central do Recife – PE.

O psicólogo também é gerente de Políticas para Criança, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e destaca que a proposta é que os professores também trabalhem o tema em sala de aula com intervenções lúdicas. “A primeira infância é a faixa mais difícil de reconhecimento de denúncia da violência justamente pela faixa etária. a criança não conhece a violência e por isso não verbaliza. Na cartilha a gente coloca práticas lúdicas como dinâmicas sobre a construção do reconhecimento do que seria um carinho de afeto, por exemplo”, explica.

De acordo com a professora da UFRPE, Pompéia Villachan-Lyra, que é colaboradora e orientadora do projeto, a cartilha vai conseguir instrumentalizar os professores, pois a grande maioria dos casos acontecem intrafamiliar e, por haver o silenciamento, a escola é o espaço de saúde dessa criança. “Com a cartilha os professores poderão identificar e fazer o encaminhamento correto depois disso para interromper esse ciclo de violência. É importante destacar que, de acordo com a neurociência, o impacto de um estresse recorrente em um cérebro imaturo, como é o de uma criança na primeira infância, é devastador e tem efeito prolongado ao longo de toda a vida”, destaca.

A distribuição do material acontecerá por meio de oficinas de formação com profissionais da rede de educação infantil de Pernambuco, previstas para acontecer no início de 2019. Os gestores de escolas interessadas devem entrar em contato com a  Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ).

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