O mundo muda consntemente, o papel social das mulheres e dos homens também, por consequência, novos modelos familiares surgiram. O papel do pai na sociedade e na família evoluiu e agora a divisão de tarefas e responsabilidades ficou mais equilibrada. A figura do pai como provedor está cada vez mais em desuso e o que vemos é o nascimento de pais mais participativos e companheiros desde a descoberta da gravidez.
“Nesse novo modelo de paternidade podemos dizer que o homem também engravida”, afirma o Dr. Alberto D’Áuria, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, “a ansiedade pela chegada do bebê, aliada a uma forte ligação afetiva com a parceira, transfere para o marido uma série de sensações gestacionais. Isso é resultado de uma transformação social importante, que fez com que os pais participassem bem mais da gravidez. Os homens passaram a acompanhar as consultas e o pré-natal, participam dos cursos de gestante e fazem tudo o que podem para acompanhar o processo”, conta.
As maternidades precisaram acompanhar as mudanças e desenvolver um ambiente mais acolhedor e inclusivo para os futuros papais. Nesse sentido, a maternidade Santa Joana foi pioneira na valorização dos pais.
Segundo D’Áuria, esse aumento na participação é uma nova manifestação do que é conhecido na literatura como Síndrome de Couvade. Não se trata de uma patologia, mas sim da incorporação, por parte do homem, de um conjunto de sintomas durante a gestação de sua companheira. Em alguns casos mais raros há sintomas físicos semelhantes ao da gravidez, como ganho de peso, enjoos, desejos e mudanças de humor.
Em 1865, um antropólogo francês utilizou o termo Couvade pela primeira vez para descrever os hábitos observados em comunidades primitivas. Os homens dessas comunidades performavam rituais “imitando” suas mulheres grávidas, simulando as dores do parto e a amamentação.
Algumas vertentes afirmam que a síndrome é uma forma do homem reduzir as diferenças sexuais que ocorrem durante a experiência da gravidez e do parto. Pesquisas indicam que a metade da população de futuros pais (54%) desenvolve alguns sintomas relativos à Síndrome de Couvade.
Atualmente, a necessidade de acolhimento e inserção do pai na vida do bebê é visível desde os primeiros meses de gravidez e sua participação deve ser fomentada após o nascimento da criança. “No pós-parto, é fundamental que o papai participe de atividades como o banho do bebê, a troca da fralda e as consultas pediátricas, tudo isso vai ser fundamental para criação do vínculo com seu filho.”, finaliza Dr. D’Áuria.
com informações da assessoria de imprensa.