O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou a cartilha intitulada como “Parou Aqui”, com o objetivo de alertar sobre o combate a violência sexual que prejudica a vida de milhares de crianças e adolescentes. A iniciativa lembra o problema endêmico e silencioso que persiste socialmente. A publicação on-line (que pode ser conferida no final desse post) informa as pessoas de como identificar e denunciar crimes e despertar nelas o dever legal e ético de agir para proteger crianças e adolescentes acionando poderes públicos nessa proteção. De acordo com o Ministério, o percentual de crimes contra pessoas de 0 a 14 anos chega a variar entre 70 e 80%.
O promotor de Justiça, Salomão Ismail Filho, explica que acolher a vítima e identificar os sintomas, principalmente o meio escolar, são ações essenciais para prevenir a violência. “Aquela criança que apresenta determinados sintomas que se emociona quando se trata de determinados assuntos, principalmente assuntos de sexualidade, que apresentam comportamento de retiro e não quer contato com determinada pessoa da sua própria família de forma alguma, que se aparece automutilada, tudo isso são sinais de que ela possa estar sofrendo um processo contínuo do abuso sexual infantil”, afirma Salomão.
O abuso sexual infantil ainda é um tabu social porque em mais de 70% dos casos, o agressor, na maioria das vezes homens, é alguém da família e pela densidade do tema o assunto ainda é silenciado.
O psicólogo, Jonatas Fernandes, alerta para as sequelas deixadas nas vítimas. “As lesões que a violência sexual causa em uma criança são físicas, em curto prazo, e emocionais, para sempre. Então é um assunto que devemos contribuir e compartilhar, para proteger as nossas crianças e entender como outros recursos podem fazer sentido ao nosso desenvolvimento social”, comenta Jonatas.
As denúncias devem ser feitas pelo Disque 100 ou ao MPPE pelo 127, podendo ser anônimas. A cartilha “Parou Aqui” do MPPE se divide em quatro partes: Entendendo a Violência Sexual, Identificando sinais e como proceder para cessar a violência e proteger a vítima, A prevenção como responsabilidade de todos e Sugestões para pesquisas e trabalhos preventivos. Para ter acesso a publicação na íntegra basta clicar aqui.
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