Uma vez um amigo me falou “Você é pai de uma menina? Que ruim, você ficaria feliz demais com um menino como filho, serio cara, é o melhor do mundo”. Eu acredito que deve ser bom demais ter um filho, mas posso jurar que eu sou o papai mais feliz do mundo com minha linda filha.
Quando eu soube que ia ser pai fiquei louco de amor, eu queria ensinar tudo a minha futura menina, e comecei a juntar material, procurei livros e historias e muitas coisas para a felicidade dela (e talvez a minha felicidade também porque não é mentira que muitas vezes compramos pensando em nossos gostos e vontades). O dia que nasceu minha filha me olhei reflexado nela e jurei que eu ia fazer dela uma menina forte, não a proteger ela, e sim lhe ensinar se proteger sozinha.
No México hoje em dia a figura do pai está mudando drasticamente. Não é o mesmo ser pai neste momento que ser pai faz alguns anos. Atualmente os pais jovens estão se envolvendo cada dia mais na paternidade como um estilo de vida, longe de ser uma figura de poder e autoridade.
Talvez não sou um pai que vire um exemplo ou seja uma referencia para os demais, nem quero isso, mas participo em tudo o que posso em casa com a criação e o desenvolvimento da nossa filha, com a educação, alimentação e cuidados em todo momento. Acredito que sou aquela figura paterna suficientemente frágil para entender a minha filha, mas também suficientemente forte para colocar limites (sei que mais pra frente, com o crescimento da minha filha, terei que coloca-los).
Por Miguel Rebolledo (@PapaiMexicano), pai de Pia Victoria de 8 meses de idade e casado, desde 3 de dezembro de 2011, com Andrea Esquivel. Eles casaram em Paso de Ovejas, Veracruz, México.