Como mudar ou diminuir o hábito dos eletrônicos - Pai de Verdade
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Se seu filho só quer assistir televisão, reflita que você tem uma parcela de incentivo nisso. Aqui em casa nós estávamos descuidando um pouco com a questão do eletrônico, até mesmo pelo cansaço, devo admitir.

Chegamos a dia em que Valentina (2 anos e 5 meses) saia do quarto, após acordar de manhã, e já pedia para assistir aos desenhos. Calma, ela assiste as animações que gosta assim como seu (ua) filho (a), mas tudo tem um limite.

Passar horas na frente da TV ou ficar no videogame ou tablet não é saudável para nenhuma criança, na verdade ninguém. Pediatras regulam o uso de eletrônico e recomendam de acordo com a idade e o cognitivo de cada faixa etária. Aqui em casa temos eletrônicos, mas eles não são prioridade.

Mas como mudar esse hábito? Como resgatar o que ela mais gostava de fazer, a leitura de livros. Decidimos então que mudaríamos o ‘espaço dos brinquedos’ para o “Cantinho da Arte”. Leia que a ideia toda foi de mamãe Joana Barros e o papai aqui estava cansadão no domingo que queria dormir, mas não resisti ao imaginar o resultado e a reação dela ao ver o lugar de bruincar transformado. (veja no vídeo). Partimos ao local de compras e trouxemos:

– uma mesa e cadeira infantil,

– lápis de cera,

– lápis hidrocor

– tintas (para uso com dedos e pincel),

– pincel,

– papel A4 e papel para pintura,

– quadro branco

– canetas e apagador para quadro branco.

Mas lembramos que tínhamos em casa:

– grade do berço

– potes de pasta de amendoim (ou quaquer que tenhas)

– potes de sorverte.

Como fizemos: Depois de organizar tudo isso, tiramos os brinquedos e guardamos todos que ela praticamente não se interessava mais. Colocamos numa sacola porque depois podemos doar ou vender. Deixamos apenas os que ela mais gosta. Com os potes de sorvete eu amarrei com barbante nas grades do berço. Os potes de pasta de amendoim ficaram amarrados na mesa dela para servir de porta lápis. Todos os potes foram furados com pedaço de ferro quente para poder passar o barbante. Os livros ficaram pendurados e acessíveis na grade. Usamos de nossa criatividade. Mas o que vale é produzir com amor e vontade que seus filhos usufruam o melhor. Use o que tiver em casa. E por fim quando terminamos a produção, fizemos tudo enquanto ela tirava o cochilo da tarde. Após ela se acordar, pedimos para Valentina fechar os olhos  (afinal ela gosta de uma surpresa) para que ela ao abrir visse a mudança na sala. Confere a reação dela no vídeo.

Como fizemos:

Reflita sobre o uso de eletrônicos e como a criança pode ficar paralisada sem atividades motoras e cognitivas. Converse com o pediatra que acompanha seu filho. Ele vai orientar melhor. Aqui contamos nossa experiência. Valentina nem pediu para ligar televisão ou outros eletrônicos enquanto se divertia com as pinturas e desenhos.

Vale registrar também que a reação entre os adultos com feedback foi bacana. Alguns papais e mamãe passam pela mesma situação que a nossa e já falaram que irão adotar a ideia. E você como faz? Mande suas sugestões para paideverdade.pe@gmail.com

DADOS – Uma pesquisa divulgada em 2016 pela aponta que 33,%5 das crianças pesquisadas, entre 4 e 12 anos, consomem mais gordura do que a recomendação diária nas refeições. E que crianças da faixa etária de 10 a 12 anos são sedentárias. Os dados são da pesquisa The Infant and Kids Study (IKS) realizada na região metropolitana de São Paulo com crianças de 10 a 12 anos de todas as classes sociais. A pesquisa foi encomendada pela Nestlé em parceria com o Ibope.

Quando se leva em consideração o acesso a internet.  Segundo dados de pesquisa recente, as crianças e adolescentes para acessar a Internet – em 2016, 91% (22 milhões) acessaram a Internet pelo celular. Em 2012, essa proporção era de 21%, e em 2014, 82%. Pesquisa revela ainda que 42% dos jovens usuários entre 11 e 17 anos tiveram contato com a publicidade não apropriada. Os dados são da quinta edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

*Não usar o conteúdo sem autorização. As imagens não devem ser reproduzidas sem antes consulta.

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